domingo, 20 de janeiro de 2013

Tempo de Início do Sábado: Analizando o Contexto Histórico de Texto Utilizado em Defensa do Sábado Lunar





T1. Capítulo 16 — Tempo de início do Sábado*

Vi que isto era mesmo assim: “... Duma tarde a outra tarde, celebrareis o vosso sábado.” Levítico 23:32. Disse o anjo: “Tomem a Palavra de Deus, leiam-na, compreendam-na e vocês não errarão. Estudem-na cuidadosamente e ali descobrirão o que é tarde e quando começa.” Perguntei-lhe se o desagrado de Deus esteve sobre Seu povo por iniciarem o sábado como haviam feito. Fui dirigida ao primeiro sábado observado pelos adventistas e acompanhei o povo de Deus até nossos dias, mas nada constatei que pudesse trazer sobre eles o desagrado divino. Indaguei por que as coisas haviam ocorrido dessa maneira e por que precisávamos mudar agora o tempo de início do sábado. Disse o anjo: “Vocês entenderão, mas não ainda, não ainda.” E disse mais: “Se houvesse luz a respeito e essa luz fosse rejeitada, então haveria condenação e o desagrado divino, mas, antes que a luz venha não há pecado, pois não existe luz rejeitada.” Vi que alguns achavam que o Senhor havia mostrado iniciar-se o sábado pontualmente às seis horas da tarde, quando, na verdade, eu apenas vira que ele começava à “tarde” e eles deduziram que “tarde” significava às seis horas. Vi que os servos de Deus precisavam unir-se e consolidar-se. Testemunhos Para a Igreja. V.1. Pág. 116


* Nota do Apêndice (T1 Pág. 713): “Tempo de Início do Sábado” — Durante um período de aproximadamente dez anos os adventistas do sétimo dia observaram o sábado a partir das seis horas da tarde da sexta-feira até as seis horas da tarde do sábado. Em seu primeiro panfleto sobre a perpetuidade do sábado do quarto mandamento, publicado em 1846, o Pastor José Bates havia dado razões para o suposto apoio escriturístico para a observância do sábado dessa maneira. Ele citou a parábola dos trabalhadores na vinha, alegando que o último grupo de trabalhadores fora chamado na “hora undécima” do dia e não trabalhara senão por uma hora. O ajuste de contas fora feito em “aproximando-se a noite”. Mateus 20:6, 8, 12. Comparando isto com a indagação de Cristo “não há doze horas no dia?”, ele argumentava que a “noite” iniciava na hora duodécima, ou às seis horas da tarde, calculando-se pelo horário equatorial ou o início do ano sagrado. O respeito por sua idade, experiência e vida piedosa pode ter sido a principal razão para se aceitar suas conclusões sem maior investigação.
Com o passar do tempo e com a divulgação da mensagem, um número cada vez maior de guardadores do sábado começou a questionar aquela prática e defender o horário do pôr-do-sol como o início do sábado. Minuciosa investigação bíblica acerca deste assunto foi feita pelo Pastor J. N. Andrews, o qual mais tarde escreveu um documento estabelecendo razões bíblicas em favor do horário do pôr-do-sol. Este documento foi apresentado e discutido no sábado, 17 de Novembro de 1855, na assembléia em Battle Creek, Michigan. Como resultado, quase todos os presentes, mas não todos, ficaram convencidos de que a conclusão do Pastor Andrews estava correta. A apresentação deste assunto à irmã White em visão, dois dias mais tarde, respondeu as indagações que pairavam na mente de alguns e efetuou a unidade entre os cristãos. Comentando sobre esta experiência, como que ilustrando o papel das visões para confirmar conclusões baseadas no estudo da Bíblia em vez de introduzir novos ensinos, o Pastor Tiago White mais tarde escreveu:
“A pergunta naturalmente surge: ‘Se as visões são dadas para corrigir os que erram, por que ela não viu mais cedo o erro das seis horas da tarde?’ Eu sou imensamente agradecido a Deus por haver corrigido o erro no Seu tempo oportuno, não permitindo que uma infeliz divisão existisse entre nós neste ponto. Mas, querido leitor, a obra do Senhor sobre este ponto está em perfeita harmonia com a posição correta acerca dos dons espirituais. Não parece ser desejo do Senhor ensinar Seu povo em questões bíblicas através do dom do Espírito até que Seus servos tenham diligentemente pesquisado a Palavra. Quando isto foi feito com respeito ao assunto do tempo de início do sábado e a maioria estava convencida, contudo alguns estavam em perigo de permanecer em desarmonia com o corpo da igreja neste assunto, então, sim, então, era o tempo certo para Deus demonstrar Sua bondade através da manifestação dos dons do Seu Espírito na realização desta obra.” — The Review and Herald, 25 de Fevereiro de 1868.

No livro Testemunhos Para a Igreja. V.1. Pág. 116 se encontra apenas esse trecho da visão, para ver todo o relato da visão em inglês leia em: 4bSG 3 (Spiritual Gifts, Volume 4b) November 20, 1855.


Leia os relatos de Tiago White e J. N. Andrews sobre esses fatos clicando nos links a seguir:

 

 

A seguir mais dois artigos em inglês sobre esses fatos:

 

The Doctrinal Point—Time to Begin the Sabbath

On Friday evening, the day the conference in Battle Creek opened, those assembled commenced the Sabbath at six o’clock, although the sun had been set for an hour. The next day they closed the Sabbath at sunset. During that Sabbath a change in practice based on Bible study had been made. It was an interesting and instructive experience in doctrinal development.
As noted in earlier chapters, Joseph Bates was considered the father of the Sabbath truth. As captain of his own vessels, he had sailed far and wide and was acquainted with the matter of time-keeping in different parts of the world. It was his conclusion that time as kept at the equator, with sunset uniformly at 6:00 P.M., was the proper guide to Sabbathkeeping, regardless of season of the year or location. The Scriptures called for evening marking the beginning of the new day, and the words “from even unto even, shall ye celebrate your sabbath” (Leviticus 23:32) were cited in support of this point. The April 21, 1851, issue of the Review carried a three-column article by Joseph Bates in support of the six o’clock time.
In the State of Maine in 1847-1848, some took the position that the Sabbath commenced at sunrise, quoting as support, Matthew 28:1: “In the end of the sabbath, as it began to dawn toward the first day of the week” (see The Review and Herald, February 25, 1868). A vision given to Ellen White checked this error in principle, for the angel repeated the words of the scripture “From even unto even, shall ye celebrate your sabbath.”
There were a few who observed the Sabbath from sundown to sundown (JW to “My Dear Brother,” July 2, 1848; see also Ibid., February 25, 1868), but the majority stood with Bates, as did James and Ellen White. The charismatic experience in Connecticut in late June, 1848, recounted in chapter 13, seemed to confirm the six o’clock time. Still the matter was not settled conclusively, and in June, 1854, James White requested D. P. Hall in Wisconsin to give study to the matter and come up with an answer (Ibid., December 4, 1855).
When this request failed to yield fruit, he turned to John Andrews with the earnest request that he take his Bible and bring evidence to settle the question. Andrews prepared a paper on the matter. As he passed through Battle Creek with his parents in November on his way to Iowa, he left this in the hands of James White. The reading of this paper became the Sabbath morning Bible study at the conference in Battle Creek. From nine texts in the Old Testament and two from the New, Andrews demonstrated that “even” and “evening” of the Sabbath were identical with sunset (Ibid.).
As the paper was read that Sabbath morning, it could be seen that while the six o’clock time advocated by Bates was in principle not incorrect—for it called for beginning the Sabbath in the evening—in detail there was an error. Now with the position of sunset time so amply supported by Scripture evidence, all the congregation, which included the church’s leaders, readily accepted the light and were prepared to shift their practice. All, that is, but two—Joseph Bates and Ellen White.
Bates’s position had been generally accepted and defended. He was the venerable apostle of the Sabbath truth. He was unready to accept what had been presented by the youthful John Andrews, and he would stand in defense of his position. The vision given to Ellen White in 1848, correcting the sunrise time and confirming “evening time,” had nothing to say about the six o’clock time being in error.
Ellen White reasoned that the six o’clock time had been a matter of practice for nearly a decade. The Sabbath so kept had been a great blessing to her, and the angel had said nothing about its being in error. Must a change be made now? Thus matters stood through the rest of the Sabbath and through Sunday as the members met in conference, but this was a rather touchy point of division that was bound to widen as time went on. Then the God of heaven stepped in.
Of what took place, Ellen White wrote:
November 20, 1855, while in prayer, the Spirit of the Lord came suddenly and powerfully upon me, and I was taken off in vision.—Testimonies for the Church, 1:113.
Her attention was called to many points, among them the time to commence the Sabbath. She discussed the matter with the angel. This conversation is very enlightening:
I saw that it is even so: “From even unto even, shall ye celebrate your sabbath.” Said the angel: “Take the Word of God, read it, understand, and ye cannot err. Read carefully, and ye shall there find what even is and when it is.”
I asked the angel if the frown of God had been upon His people for commencing the Sabbath as they had. I was directed back to the first rise of the Sabbath, and followed the people of God up to this time, but did not see that the Lord was displeased, or frowned upon them.
I inquired why it had been thus, that at this late day we must change the time of commencing the Sabbath. Said the angel: “Ye shall understand, but not yet, not yet.” Said the angel: “If light come, and that light is set aside or rejected, then comes condemnation and the frown of God; but before the light comes, there is no sin, for there is no light for them to reject.”
I saw that it was in the minds of some that the Lord had shown that the Sabbath commenced at six o’clock, when I had only seen that it commenced at “even,” and it was inferred that even was at six.
I saw that the servants of God must draw together, press together.—Ibid., 1:116.
And they did. The vision set Ellen White and Joseph Bates straight, and they accepted the vision wholeheartedly. The matter of the time to commence the Sabbath was forever settled—settled on the basis of Bible study, confirmed by vision. It was indeed a significant experience in God’s leadings, one that Uriah Smith was later to comment on:
Lest any should say that Sister White, having changed her sentiments, had a vision accordingly, we will state that which was shown her in vision concerning the commencement of the Sabbath was contrary to her own sentiment at the time the vision was given.—The Review and Herald, August 30, 1864.
1BIO 324   (Ellen G. White: Volume 1—The Early Years: 1827-1862, By Arthur L. White)


Guiding Toward Organization the Vital Need for Church Organization

As the number of believers increased, it became clear that there was a pressing need for some guidance and controls. Except for the messages that came from God through the visions given to Ellen White, there was no authoritative voice, no voice of an organization, to endorse doctrinal holdings or to certify to the integrity and the qualifications of those who chose to represent themselves as ministers to the Sabbathkeeping remnant. Some who felt called gave no real evidence of such a call. Some organization was needed.
One matter that required agreement was the time to begin the Sabbath. Joseph Bates was considered the father of the Sabbath truth. As captain of his own vessels, he had sailed far and wide and was acquainted with the matter of time-keeping in various parts of the world. It was his conclusion that time as kept at the equator, with sunset uniformly at 6:00 p.m., was the proper guide to Sabbathkeeping, regardless of season of the year or location. The Scriptures called for evening to mark the beginning of the new day, and the words “from even unto even, shall ye celebrate your Sabbath” (Leviticus 23:32) were cited in support of this view. The April 21, 1851, issue of the Review carried a three-column article by Joseph Bates in support of the 6:00 time.
In the state of Maine in 1847-1848 some took the position that the Sabbath commenced at sunrise, quoting as support, Matthew 28:1: “In the end of the sabbath, as it began to dawn toward the first day of the week” (see The Review and Herald, February 25, 1868). A vision given to Ellen White checked this error in principle, for the angel repeated the words of the scripture “From even unto even, shall ye celebrate your Sabbath.”
There were a few who observed the Sabbath from sundown to sundown (JW to “My Dear Brother,” July 2, 1848; see also Ibid., February 25, 1868), but the majority stood with Bates, as did James and Ellen White. In June 1854 James White requested D. P. Hall in Wisconsin to study the matter and come up with an answer (Ibid., December 4, 1855).
When this request failed to yield fruit, he asked John Andrews to take his Bible and bring evidence to settle the question. Andrews prepared a paper on the matter. As he passed through Battle Creek with his parents in November on his way to Iowa, he left this in the hands of James White. The reading of this paper became the Sabbath morning Bible study at the conference in Battle Creek. From nine texts in the Old Testament and two from the New, Andrews demonstrated that “even” and “evening” of the Sabbath were identical with sunset (Ibid.).
As the paper was read that Sabbath morning, it could be seen that while the 6:00 time advocated by Bates was in principle not incorrect—for it called for beginning the Sabbath in the evening—in detail there was an error. Now with the position of sunset time so amply supported by Scripture evidence, all the congregations, which included the church’s leaders, readily accepted the light and were prepared to shift their practice. All, that is, but two—Joseph Bates and Ellen White.
Bates’s position had been generally accepted and defended. He was the venerable apostle of the Sabbath truth. He was unready to accept what had been presented by the youthful John Andrews, and he would stand in defense of his position. The vision given to Ellen White in 1848, correcting the sunrise time and confirming “evening time,” had nothing to say about the 6:00 time being in error.
Ellen White reasoned that the 6:00 time had been a matter of practice for nearly a decade. The Sabbath so kept had been a great blessing to her, and the angel had said nothing about its being in error. Must a change be made now? Thus matters stood through the rest of the Sabbath and through Sunday as the members met in conference, but this was a rather touchy point of division that was bound to widen as time went on. Then the God of heaven stepped in.
Of what took place Ellen White wrote:
November 20, 1855, while in prayer, the Spirit of the Lord came suddenly and powerfully upon me, and I was taken off in vision (Testimonies for the Church, 1:113).
Her attention was called to many points, among them the time to commence the Sabbath. She discussed the matter with the angel. This conversation was very enlightening:
I saw that it is even so: “From even unto even, shall ye celebrate your sabbath.” Said the angel: “Take the Word of God, read it, understand, and ye cannot err. Read carefully, and ye shall find what even is and when it is.”
I asked the angel if the frown of God had been upon His people for commencing the Sabbath as they had. I was directed back to the first rise of the Sabbath, and followed the people of God up to this time, but did not see that the Lord was displeased, or frowned upon them.
I inquired why it had been thus, that at this late day we must change the time of commencing the Sabbath. Said the angel: “Ye shall understand, but not yet, not yet.” Said the angel: “If light come, and that light is set aside or rejected, then comes condemnation and the frown of God; but before the light comes, there is no sin, for there is no light for them to reject.”
I saw that it was in the minds of some that the Lord had shown that the Sabbath commenced at six o’clock, when I had only seen that it commenced at “even,” and it was inferred that even was at six.
I saw that the servants of God must draw together, press together (Ibid., 1:116).
And they did. The vision set Ellen White and Joseph Bates straight, and they accepted the vision wholeheartedly. The matter of the time to begin the Sabbath was settled—settled on the basis of Bible study, confirmed by vision.

WV 73   (Ellen White: Woman of Vision)



HORÁRIO DO INÍCIO DO SÁBADO com James White (Tiago White)



HORÁRIO DO INÍCIO DO SÁBADO
James White (Tiago White)

The Reviewand Herald, 25/02/1868, Vol. 31, Nr. 11, página 168.


É fato conhecido da maioria dos leitores da Revista (Review and Herald) que por muitos anos na história primitiva dos adventistas do sétimo dia os crentes adotaram o horário das seis da tarde como sendo o tempo para o começo e o término do sábado. É sabido também que no outono de 1855 a Revista ensinou que o pôr do sol era o horário para o início do sábado, e que nosso povo em geral mudou das seis para o pôr do sol. Desejo aqui relatar algumas das circunstâncias relacionadas com essa mudança:



1. O horário das seis da tarde foi lançado em questão por uma porção dos crentes por volta do ano de 1847. Alguns afirmavam que o sábado começava ao nascer do sol, enquanto outros alegavam evidências bíblicas em favor do horário do pôr do sol.



2. O irmão Joseph Bates, que foi o primeiro a ensinar sobre o sábado e sua importância, e que fielmente trabalhou para chamar um povo dentre os adventistas a fim de observá-lo, estava muito decidido com relação ao horário das seis horas. Sua decidida posição sobre a questão e o respeito por sua idade e vida consagrada, devem ter sido as razões para que esse ponto não tenha sido investigado completamente mais cedo como outros pontos da mensagem o foram.



3. No outono de 1855, o irmão J. N. Andrews chamou-me em Battle Creek quando estava a caminho de Iowa, e colocou diante de mim as razões escriturísticas para começar a guarda do sábado ao pôr do sol. Ele havia escrito um elucidativo artigo sobre o assunto, o qual deixou comigo. Esse artigo foi publicado na Revista em 04 de dezembro de 1855, contudo foi antes lido na Conferência em Battle Creek naquele ano. O assunto foi discutido e resultou por sedimentar na mente dos irmãos o horário do pôr do sol, com exceção do irmão Bates e alguns poucos mais. A partir de então, houve concordância geral entre nós sobre este assunto.



Mas há pessoas que procuram nos prejudicar como um povo – e a essa classe esperamos ajudar com este artigo. Isso é para aqueles que relatam e publicam que a senhora White professa ter-lhe sido mostrado que o tempo para começar o sábado era as seis horas, e que num período posterior lhe foi mostrado que o pôr do sol era o verdadeiro horário. É também relatado que em visão ela viu um relógio com uma mão apontando para o número seis e a outra mão apontando para o 12, mostrando que seis horas era o horário do começo e do fechamento do sábado.



Uma simples declaração dos fatos sobre o caso é suficiente para mostrar que esses relatórios são falsos. Assim, daqui por diante, damos as seguintes declarações, as quais estamos prontos a provar pelas mais competentes testemunhas.



Em duas visões foi mostrado algo à senhora White com relação ao tempo de começar a guarda do sábado. A primeira foi em 1847, em Topsham. Nessa visão, foi mostrado a ela que o começo do sábado ao nascer do sol estava errado. Ouviu ela então um anjo repetir essas palavras: “De uma tarde a outra tarde, celebrareis o vosso sábado”. Levítico 23:32.O irmão Bates estava presente, e sucedeu em satisfazer todos os que ali estavam com a explicação de que “tarde” significava seis horas. Grave isso: A visão em Topsham não ensinou sobre o horário das seis horas; ela apenas corrigiu quanto ao horário da guarda a partir do nascimento do sol. Eu nunca acolhi a ideia de que o horário das seis horas foi sustentado pelas visões, por isso copio aqui uma declaração que fiz na Revista sobre esse assunto em dezembro de 1855:



“Nunca estivemos completamente satisfeitos com o testemunho apresentado em favor das seis horas, ao passo que recebemos vários comunicados durante alguns anos passados, advogando tanto o nascer do sol quanto o pôr do sol, os quais têm sido quase destituídos de argumentos e do espírito de humildade e candura. O assunto tem nos preocupado, embora nunca tenhamos tido tempo para investigá-lo completamente. Em junho de 1854, instamos o irmão D. P. Hall para que preparasse um artigo sobre o assunto para a Revista. Enquanto estávamos com ele na Pensilvânia, no inverno passado, repetimos o pedido. Quando estávamos em Maine no verão passado falamos desses sentimentos para o irmão Andrews. Tínhamos medo de divisão, a menos que a questão fosse assentada pelo bom testemunho. Ele decidiu devotar seu tempo ao assunto até se certificar do que a Bíblia ensina com relação ao tema. Seu artigo nesta edição é o resultado dessa investigação. Alguns têm a impressão de que o horário das seis horas tem sido ensinado entre nós através da manifestação direta do Espírito Santo. Isso é um erro. “De uma tarde a outra” era o preceito para o qual as seis horas havia sido deduzido.”



1. Com relação ao relógio, vinte competentes testemunhas estão prontas a testificar que nem a senhora White nem suas visões têm qualquer coisa a ver com isso. Quando em Rocky Hill, Connecticut, em 1849, numa reunião sobre o sábado na casa do irmão Albert Belden, o assunto sobre o horário de começar a guarda do sábado foi agitado. Um irmão que estava presente, em cuja experiência espiritual havia grande confiança e que parecia estar exercitando grande poder, entre gemidos e lágrimas, pediu um pedaço de giz. Em seguida, desenhou no chão a figura de um relógio, com uma mão apontando para as seis horas. Uma impressão geral prevaleceu de que isso era o trabalho do Espírito de Deus, mas a Sra. White não tinha nada a ver com isso.



3. No encerramento da Conferência em Battle Creek, relatada acima, os ministros e outros, especialmente interessados na causa, tiveram uma sessão especial de oração para a prosperidade da causa, e nesse encontro a Sra. White teve uma visão, mostrando que o horário do pôr do sol estava correto. Isso assentou a questão com o irmão Bates e os outros, e uma harmonia geral prevaleceu desde então entre nós sobre esse ponto.



Mas a seguinte questão naturalmente aparece: Se as visões são dadas para corrigir o erro, por que ela não viu antes o engano do horário das seis horas? Por uma coisa eu tenho sido grato a Deus - que Ele corrige o erro em Seu próprio tempo, e assim não tivemos que suportar uma divisão em nosso meio por causa desse assunto. Mas, querido leitor, o trabalho do Senhor sobre esse ponto está em perfeita harmonia com Suas manifestações e com a correta posição sobre os dons espirituais.



 Não parece ser o desejo do Senhor ensinar Seu povo através dos dons do Espírito sobre questões da Bíblia até que Seus servos tenham diligentemente pesquisado Sua palavra. Quando isso foi feito sobre o assunto do horário para começar a guarda do sábado, e ficou estabelecido, e alguns estavam em perigo de quebrar a harmonia com o corpo de crentes acerca desse tema, então, sim, foi o exato tempo de Deus exaltar Sua bondade na manifestação do dom do Seu Espírito na realização de sua apropriada obra.



As sagradas Escrituras nos são dadas como uma regra de fé e do dever. Somos ordenados a investigá-la. Se falharmos em entender e completamente obedecer em consequência de não pesquisar as Escrituras como deveríamos, ou por falta de consagração e discernimento espiritual, e Deus, em Seu próprio tempo, nos corrigir por alguma manifestação dos dons do Seu Espírito Santo, ao invés de murmurarmos porque Ele não fez isso antes, deveríamos humildemente reconhecer Sua misericórdia e louvá-Lo por Sua infinita bondade em condescender em nos corrigir.



Que os dons tenham seus próprios lugares na igreja. Deus nunca os colocou à frente, ordenando-nos a olhá-los como nosso guia no caminho da verdade e do céu. Sua palavra Ele tem exaltado. As Escrituras do Velho e Novo Testamento são as lâmpadas do homem para iluminar seu caminho para o reino. Siga-as. Mas se você errar acerca da verdade bíblica e estiver em perigo de se perder, pode ser que Deus, no tempo de Sua escolha, venha a corrigi-lo e o traga de volta à Bíblia e o salve. E se acontecer de você murmurar e pensar “Senhor, por que não fizeste isso antes?”, tenha cuidado! “Aquietai-vos, e sabei que Eu sou Deus.” Salmos 46:10.

Nossa necessidade é Sua oportunidade para nos ensinar pelos dons do Seu Espírito Santo.

JAMES WHITE (Tiago White)



The Review and Herald, 25.02.1868, Vol. 31, Nr. 11, página 168.


Traduzido por: Marilda Scotti Luciano Barcellos
Leia também: HORÁRIO PARA O INÍCIO DO SÁBADO com J. N. Andrews