sábado, 21 de fevereiro de 2015

Mudanças em Livros de Urias Smith Feitas pela IASD e Seguidas pela IASD-MR para Defender o Dogma da Trindade.



 Primeiramente o que Ellen White escreveu sobre Uriah Smith e seu livro sobre as profecias de Daniel e Apocalipse? 





Vejamos a seguir alguns textos:


Podemos facilmente contar os primeiros portadores de responsabilidades que ainda vivem [1902]. Pastor [Urias] Smith ligou-se a nós no princípio da obra publicadora. Trabalhou junto a meu marido.Esperamos ver sempre seu nome na Review and herald, encabeçando a lista dos redatores, pois assim deve ser. Os que iniciaram a obra, que combateram bravamente quando a peleja era árdua, não devem agora perder sua firmeza. Devem ser honrados pelos que entraram para a obra depois de haverem sido suportadas as privações mais duras. Tenho muita simpatia para com o Pastor Smith. Meu interesse vital na obra de publicações está ligado ao dele. Veio ele ter conosco quando jovem, possuindo talentos que o habilitavam para ocupar o lugar de redator. Como me alegro quando leio os seus artigos na Review - tão excelentes, tão repletos de verdade espiritual! Dou graças a Deus por eles. Sinto forte simpatia pelo Pastor Smith, e creio que seu nome deve sempre aparecer na Review, como redator principal. Assim Deus deseja. Quando, alguns anos atrás, seu nome foi colocado em segundo lugar, senti-me ferida. Quando de novo foi colocado em primeiro lugar, chorei, e disse: "Graças a Deus!" Oxalá fique sempre ali, como Deus deseja que continue, enquanto a mão direita do Pastor Smith puder empunhar uma pena. E quando faltar o poder de sua mão, que seus filhos escrevam, ditando-lhes ele. -- Mensagens Escolhidas, Vol. 2, págs. 225

Fui instruída de que os importantes livros que contêm a luz dada por Deus com respeito à apostasia de Satanás no Céu, deveriam ter vasta circulação justamente agora; porque por meio deles a verdade atingirá muitas mentes. Patriarcas e Profetas, Daniel e Apocalipse e O Grande Conflito são agora mais necessários do que nunca antes. Deveriam circular amplamente, porque as verdades a que dão ênfase, abrirão muitos olhos cegos. ... Muitos dentre nosso povo têm estado cegos quanto à importância dos livros mais necessários. Se tivessem sido manifestados tato e habilidade na venda destes livros, o movimento das leis dominicais não estaria no pé em que está hoje. Review and Herald, de 16 de fevereiro de 1905.

Há em O Desejado de Todas as Nações, Patriarcas e Profetas, O Grande Conflito e em Daniel e Apocalipse, preciosa instrução. Esses livros devem ser considerados como de especial importância, e todo esforço deve ser feito para pô-los perante o povo. Carta 229, 1903.

A luz dada foi que Daniel e Apocalipse, O Grande Conflito e Patriarcas e Profetas se venderiam. Eles contêm exatamente a mensagem de que o povo necessita, a luz especial que Deus deu a Seu povo. Os anjos de Deus preparariam o caminho para estes livros no coração do povo. Special Instruction Regarding Royalties, pág. 7.-- O Colportor Evangelista, págs. 123-124.

Devem ser conseguidos para os livros O Grande Conflito, Patriarcas e Profetas, O Desejado de Todas as Nações, Daniel e Apocalipse e outros de igual caráter, colportores que tenham o senso do valor dos assuntos contidos nesses livros e noção da obra a ser feita para interessar pessoas na verdade. Auxílio especial, que sobrepuja a toda suposta vantagem de ilustrações, será concedido a tais colportores. Os colportores que nasceram de novo pela obra do Espírito Santo, serão acompanhados pelos anjos, os quais irão adiante deles às residências do povo, preparando-lhes o caminho.Manuscrito 131, 1899. -- O Colportor Evangelista, pág. 88.

"O interesse em Daniel e Apocalipse deve continuar enquanto durar o tempo da graça. Deus usou o autor deste livro como um conduto por meio do qual comunicar luz para dirigir as mentes para a verdade." E.G. White,  Manuscrito 174, 1899.

W. C. White, (filho de Ellen White) escreveu, comentando a opinião de pioneiros sobre este livro em 1910, que "Daniel e Apocalipse recebera a crítica e aprovação dos pioneiros em nossa causa; que havia sido largamente vendido e citado como autoridade por nossos pregadores mais jovens em várias partes; que a irmã White dissera haver um anjo do Senhor estado ao lado do pastor Smith enquanto escrevia o livro." -- W. C.White, Carta a A.F. Harrison, em 26 de junho de 1910.



Mudanças em Livros de Uriah Smith  Feitas pela IASD


Em seu livro intitulado Busca de Identidade (Search for Identity), o festejado educador George R. Night, professor de História da Igreja Adventista do Sétimo Dia na Universidade de Andrews, faz sérias revelações acerca de mudanças e omissões no conteúdo de livros denominacionais já impressos, sem qualquer consulta ao autor, com o propósito de apagar rastros de um passado entendido então como "sectário" e que nos impedia de sermos considerados "igreja" pelos evangélicos e católicos.

Um dos exemplos citados por ele, é exatamente o livro sobre As Profecias de Daniel e Apocalipse, segundo Uriah Smith. Essas omissões de conteúdo teriam sido definidas e efetivadas durante a década de 40 e visavam a eliminar provas do anti-trinitarismo e semi-arianismo dos pioneiros.

 
Tradução de trechos sublinhados:

Subtítulo: "Mudanças para fazer o Adventismo parecer mais cristão."

"Naquela década (1940), por exemplo, presenciamos esforços, em "limpar" e endireitar as publicações adventistas. Três áreas ilustram essa tendência. A primeira concernente à Trindade. Como se pode notar nos capítulos anteriores..."


Tradução do trecho assinalado:

"Isto tornou-se evidente quando surgiu a necessidade de publicar uma nova edição de Daniel e Apocalipse, de Uriah Smith. Em março de 1942, os oficiais da Conferência Geral e os diretores das Casas Publicadoras da América do Norte reuniram-se e decidiram que a maior parte do livro permaneceria tal como Smith escreveu, mas deveriam ser feitas algumas modificações. Uma delas seria a supressão das declarações anti-trinitarianas e semi-arianas do livro, porque 'era a convicção de nossa comissão que aqueles ensinamentos não eram sustentados pela Bíblia e o Espírito de Profecia.' Mas em deferência àqueles que criam ao contrário, a comissão decidiu mais tarde 'que seria melhor retirar todo aquele assunto do livro sem fazer comentários e deixar a matéria em aberto para que todos estudassem sem obstrução." (Relatório da Comissão de Revisão de ... Daniel e Apocalipse, Revista Ministry
Maio de 1945, pág. 4.)

 Mutilação da IASD em Livro de Uriah Smith

"Ao Cordeiro, assim como ao Pai que está assentado sobre o trono, é rendido louvor neste cântico de adoração. Grande número de comentadores viram aqui uma prova da eternidade de Cristo com o Pai; aliás, dizem eles, não se atribuiria aqui à criatura a adoração que pertence apenas ao Criador. Mas esta não é talvez a conclusão necessária.
As Escrituras em parte alguma falam de Cristo como de um ser criado, mas claramente afirmam que Ele foi gerado pelo Pai. (Ver comentários a Apoc. 3:14, onde demonstramos que Cristo não é um ser criado.) Mas conquanto, como filho gerado, não possua com o Pai uma co-eternidade de existência pretérita, o começo da sua existência é anterior a toda a obra da criação, em relação à qual Ele foi criador juntamente com Deus. João 1:3; Heb. 1:3.
Não podia o Pai ordenar que se prestasse a um tal ser adoração igual à Sua, sem se tratar de idolatria por parte dos adoradores? Ele elevou-o a posições em que é próprio ser adorado e além disso ordenou que se Lhe prestasse adoração, o que não teria sido necessário se Ele fosse igual ao Pai em eternidade de existência.
O próprio Cristo declara que "como o Pai tem a vida em Si mesmo, assim deu ao Filho ter a vida em Si mesmo." João 5:26. O Pai "exaltou-O soberanamente, e deu-lhe um nome que é sobre todo o nome ." Fil. 2:9. E o próprio Pai diz: "E todos os anjos de Deus O adorem." Hebreus 1:6. Estes testemunhos mostram que Cristo é agora objeto de adoração igualmente com o Pai; mas não provam que tenha com Ele uma eternidade de existência passada. -- Urias Smith (As Profecias do Apocalipse, pág. 82, Publicadora Atlântico, Lisboa, Portugal, 1945. Redivisão de parágrafos acrescentada).

Esse é um dos textos de Uriah Smith, que foram retirados de seu livro As Profecias do Apocalipse, quando a liderança apóstata da Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia decidiu apagar dos livros denominacionais as pistas deixadas pelos pioneiros quanto a suas crenças anti-trinitarianas e "semi-arianas", como foram rotuladas as primeiras convicções adventistas em relação a Jesus Cristo. A omissão de trechos referentes à geração do Filho Unigênito de Deus prejudicou inclusive a tradução feita pelos irmãos reformistas do Brasil (IASD-MR).

Veja abaixo as provas de omissão proposital desse trecho do livro.

 Esta é a tradução fiel do livro As Profecias do Apocalipse de Uriah Smith em português. Foi impressa no ano de 1945 em Portugal, pela Publicadora Atlântico, tendo como base a tradução inglesa de 1913.


















Abaixo, você vê a ampliação da pág. IV da versão portuguesa do livro, na qual se confirma sua fidelidade à versão inglesa de 1913.




 Veja agora as folhas de apresentação da versão brasileira do mesmo livro, impressa pelos irmãos do Movimento de Reforma, através das Edições Vida Plena.


 






Confira agora o conteúdo da pág. 82, que encerra o Capítulo 5 e antecede o início do Capítulo VI, sobre "Os Sete Selos", na versão portuguesa do livro As Profecias do Apocalipse.




 Abaixo, para facilitar a leitura, ampliamos a referida página, a fim de que você confirme especialmente o trecho assinalado com uma chave em vermellho à esquerda.




Veja agora como ficou a pág. 82 na edição brasileira do mesmo livro, impressa pelo Movimento de Reforma.

 



Confira a omissão do texto referente à geração de Jesus Cristo, como Filho Unigênito de Deus, na ampliação da pág. 82 da versão brasileira do livro. A seta vermelha indica o local da omissão.



Por recomendação do próprio autor, Uriah Smith, fomos conferir o comentário referente a Apocalipse 3:14 e constatamos que também foi alterado pela liderança apóstata da Igreja Adventista do Sétimo Dia, na década de 1940.

 Esta é a versão "mutilada", impressa no Brasil. O traço com um ponto de interrogação ao lado, indica o exato local em que o conteúdo do livro foi alterado também pelos irmãos reformistas:





Nas reproduções abaixo, extraídas da versão portuguesa do livro, você encontra o raciocínio completo do irmão Urias Smith, sem qualquer omissão proposital:





A versão mutilada, brasileira, omite todo o final do primeiro parágrafo da pág. 53 na versão portuguesa: "...mas que o Filho veio à existência de uma maneira diferente, visto que é chamado o 'unigênito' do Pai. Parece absolutamente impróprio aplicar essa expressão a qualquer ser criado no sentido ordinário do termo."




Fonte: http: www.adventistas.com